Para vocês começarem bem o feriado, olhem que coisa maravilhosa o João passando o som no Teatro Castro Alves, na Bahia, em 1978, e, dentro da sua mágica obsessão com a qualidade, mandando pérolas como:
- "Nhé, nhé, nhé não é esse o som!"
- "Olarião, o som é bom, eu sei, tem qualidade, mas..."
- "Não quer mudar um pouquinho a posição das caixas? Uma movidazinha já pode dar uma situação."
- "Olarinha, um outro microfone também... isso funciona à beça"
- "Eu não tô dizendo que seja ruim, não, mas... de acordo com o TUDO..."
- "Gostei da voz aí, deixa aí! conserve isso por favor..."
Para logo depois:
- "Pode ser um pouquinho de grave na voz... sem deixar embolar..."
Rala, Olarião! E a Miucha sempre lá, firme e forte ao lado do então marido.
"É só no samba que eu sinto prazer... a voz está boaaaa!"
- "O violão que eu pedi não veio, né... Era pra provar... É outro balanço... tocar com esse... ó, os dedos, é brincadeira... marca mesmo."
- "Heloisa, os comecíssimos das palavras. Pra 'Já' não ser só 'a'"
- "Olarinha, grave, marque os números aí, viu? Marque os números, guitarra e violão, baixo, tudo o que for de número, num papelzinho assim..."
- "Oladian, você marcou aí? Tudo, Salomão? Eu vou cantar uma canção para ver se funciona também nesse sistema..."
E quando tudo parecia nos eixos...
- "Venha cá, Salomão,você subiu um pouquinho o volume, não foi? Eu senti qualquer coisa assim. Dentro desse pouquinho que você aumentou, deixa eu fazer mais uma música... 'Triste é viver na solidão...'"
Dica do Mauricio Coutinho
2.4.10
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