29.4.09

=marina is on fire!=

Tomamos um susto aqui vendo tv. De repente, nos comerciais, entram cenas de beijação explícita com um pancadão de funk no fundo. O tamborzão come solto e uma voz feminina dá uns gemidos, emite uns "orra" e de repente solta, brasileirissimamente:

"Marina is on fire!"

(vejam aí, logo depois do comercial da moça do biquíni de oncinha):



A música, que eu não conhecia, é "Marina Gasolina", dos curitibanos do Bonde do Rolê. Eu desconfiei por causa do pancadão e do "Marina" da letra, nome da ex-vocalista da banda.

28.4.09

=almoço de terça=

Olha que o de hoje é o campeão da série até agora...



- carne com molho gorgonzola (o próprio, creme-de-leite e leite)
- rúcula
- laranja

O próximo passo é substituir a laranja por pêra ou manga e meter uma batata prussiana. Tem um prato assim, mas acho que é medalhão, no Botequim, em Botafogo. Mato a saudade como dá.

26.4.09

=zii e zie (aumento mas não invento)=



O amor mais que discreto de Caetano Veloso por Pedro Sá está explícito em Zii e Zie. A fase do homem velho é de tara por experimentações rítmicas do samba na guitarra, e o disco foi composto e arranjado com essa idéia central: Pedro Sá. O resultado é um mergulho no mar agitado de um dia chuvoso. Não é mole.

O momento-chave para a parceria, e crucial para chegarmos a Zii e Zie, está tanto no arranjo como na letra de "Rock'n'Raul", o rock sujo sobre a "vontade fela-da-puta" que Raul Seixas tinha de ser americano, faixa de Noites do Norte (2000). Ali Pedro pesou a mão nas cordas da guitarra e não economizou na distorção: cama feita para Caetano polemizar e ainda cutucar o lobo com vara curta. Tá lá, entre parênteses, uma linha: "(E o lobo bolo)".

Do contra-ataque furioso de Lobão saíram faíscas que Caetano ruminou baianamente e deixou queimar aos poucos. Dá uma espiada no trecho abaixo:

Para o mano Caetano
(Lobão, 2001)

Amado Caetano: Chega de verdade. Viva alguns enganos. Viva o samba, meio troncho, meio já cambaleando. A bossa já não é tão nova como pensam os americanos. A tropicália será sempre o nosso Sgt. Pepper's pós-baiano. O rock errou, você sabe, digo isso sem engano.


Na realização de dois discos-projetos - a parceria com Jorge Mautner em Eu não peço desculpa (2002) e o tributo à música popular americana A foreign sound (2004) - Caetano não perdeu o foco. Continuou com Pedro Sá na banda e recheou seu discurso: afirmativo, "Nosso samba tem também guitarra de rock'n'roll", em "Feitiço"; provocativo, "Ivan Lins é música, Nirvana é lixo", no texto de apresentação do mesmo disco em que incluiu "Come as you are", da banda de Seattle; e reflexivo, "Eu não peço desculpa é também uma continuação de 'Rock'n'Raul', essa canção que me parece tão grandiosa quão mal compreendida", no texto de apresentação do disco com Mautner.

Afetado pela experiência barulhenta de "Rock'n'Raul" e sempre antenado musicalmente (ligado no que rolava de indie rock - Arctic Monkeys, TV on the Radio, a força que teve a volta dos Pixies), Caetano soltou (2006), disco idealizado para uma banda de rock. Nas letras, conciso, ultradireto, sexual, roxo, com confiança de comedor. Tinha acabado de sair de um relacionamento de anos e mostrava ali a sua - para usarmos um vocabulário adequado - paudurecência. Na música, influência direta da forma como os Pixies trabalharam as estruturas das canções. A banda americana é sempre lembrada (justamente, pois a consequência é o Nirvana e uma outra grande história para contar) pela dinâmica revolucionária que trouxe ao rock: quietLOUDquiet, ou seja, estrofe calma baseada em baixo e bateria, refrão nervoso com guitarras e vocais explodindo os alto-falantes. Mas além da dinâmica, a estrutura das músicas de Black Francis é muito marcante no som do Pixies. O gorducho é fã de riffs ou sequências harmônicas em tempos não-convencionais ("Dead", "Vamos", "There goes my gun", "I've been tired", "Tony's theme" e outras tantas). é rock apaixonado por estruturas. Ouve lá "Outro", "Homem", "Rocks". Quem guiou Caetano por esses labirintos? Pedro Sá, responsável por apresentar Pixies-Live at the BBC ao baiano. O rock acerta também.

"Chega de verdade. Viva alguns enganos. Viva o samba, meio troncho, meio já cambaleando." A frase continuou a assombrar um certo apartamento no Leblon. Oito anos depois chega outra resposta às palavras ácidas do grande lobo: e aqui ele tinha razão. Se tínhamos no rock a intenção de , seu sucessor tem o samba meio troncho como núcleo. Viva o samba mutilado de Zii e Zie, sem alegorias e adereços, destilado à essência. Outra vez, paixão pela forma. Nas letras, sexo, drogas e Rio de Janeiro. Na música, guitarra, repetição e samba.

Dois mestres do violão brasileiro, João Bosco e Gilberto Gil, traçaram o caminho que leva a Pedro Sá, orientando de mestre Veloso. João acentua em sua mão direita tempos estranhos ao violão de samba tradicional, parece tocar pandeiro, marca com vontade e precisão. Está lá em "Incompatibilidade de gênios", "Cobra criada", "Nação". Gil ensinou a Caetano a batida que lá em 1975 fixou milimetricamente as divisões de "Madrugada e amor" e "Eleanor Rigby", de Qualquer coisa. A mão direita, novamente, é o segredo: reduz o samba a uma marcação minimalista, insistente, simples e bela. Agora Pedro Sá ressalta tudo isso em loops com timbres rascantes. É vinho que trava na goela, é banana cicada.

O trovador da música popular brasileira, autor de sambas antológicos como "Desde que o samba é samba" e "Os passistas", intérprete preciso, poeta da canção, quer em Zii e Zie a abordagem, quer expor o esqueleto, endurecer a cintura em nome do samba. Experimentar novamente. Saborear, agora de um jeito radical, o batuque da nação.

Cadê teu suín-, Marcelo Callado? Em Zii e Zie não precisa, meu povo, a bateria é máquina de ritmo, matemática. Nas versões de "Incompatibilidade de gênios" (primeiro bumbo-caixa-bumbo-caixa, depois caixa-bumbo-caixa-bumbo) e "Ingenuidade" chega a lembrar exercícios técnicos do instrumento. Ricardo Dias Gomes segura a célula rítmica com a mesma precisão do parceiro Do Amor, e vez ou outra tece nas quatro cordas comentários tímidos (descolando-se de todos ao segurar uma nota) ou mais ousados (passeando pelo braço do contrabaixo).

Caetano, sim, é comentarista atirado. "Falso Leblon", "Lapa" e "Lobão tem razão" são músicas-irmãs, crônicas cariocas. Melodias e letras que se alongam sem amarras, como as entrevistas do artista. Relação direta com a época em que foram compostas: entre os shows da temporada de Obra em Progresso, no Rio, quando Caetano semanalmente repassava o noticiário e entretinha a platéia com repertórios referenciais ao cotidiano de todos. As canções que foram apresentadas antes, já no primeiro show, não à toa, são as mais concisas, tem molde: "Perdeu", "Base de Guantánamo", "Por quem?", "Sem cais" (que me trouxe uma saudade danada do mulheresqdizemsim, banda em que Pedro Sá soltou algumas de suas composições, e que preferi ver no Jazzmania a ir no primeiro show dos Rolling Stones no Brasil, na mesma noite - eita), "A cor amarela" e "Tarado ni você".

Esta última foi a primeira composição dessa nova safra, feita com o conceito da experimentação de samba na guitarra elétrica já na cabeça. ("Diferentemente" é mais antiga, mas já estava no show de A foreign sound e só entrou em Zii e Zie depois que os herdeiros Veloso opinaram sobre o repertório; está no fim do disco, é o patinho bonito da prole.) Mas voltemos "ni você": enquanto insiste, na lábia e na levada, em se declarar tarado, o narrador deixa suspenso o "deixa eu gostar de...", trecho de outra canção de Caetano, "Nosso estranho amor". Quando a conclusão do verso vem ("deixa eu gostar de VOCÊ") é a senha para a entrada atormentada da guitarra de Pedro Sá. Coincidência?

Esse estranho amor não é ilusão à toa, e nos traz um marco na carreira de uma das maiores figuras de nossa música. O mergulho no mar sombrio da capa é esquisito, sim. Aqui fala um admirador de Zii e Zie - título que tem na repetição o seu charme. Como o som do disco.


Em tempos de banda larga, meu Zii e Zie cruzou o Atlântico de avião, na bagagem de um amigo. Um presentaço que eu não esperava. Confesso que - há anos sem fazê-lo - ouvir um CD novo de cabo a rabo com o encarte na mão foi uma experiência inesquecível. Sou eternamente agradecido.

21.4.09

=almoço de terça=

Com as sobras, a cozinha maravilhosa hoje ofereceu dois pratos.

1.
- macarrão
- azeitonas
- mozzarella de búfala
- molho de tomate

2.
- arroz
- strogonoff
- ovo cozido

=novo álbum do Pixies?=

O boato começou ontem na internet. O Artist in Residence, coletivo de design especializado em edições luxuosas (já fizeram para Beck, Nine Inch Nails e Sigur Rós), colocou a imagem abaixo no site e disparou o alarme. Pode ser uma caixa especial, um disco ao vivo em edição limitada, simplesmente um boato. Pela entrevista que a Kim Deal deu para a Pitchfork há uma semana, nada de entrar em estúdio com o Pixies de novo.

Pitchfork: Still no plans to record with the Pixies or anything?
Kim: Negative.


Esperemos.



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(atualização)

Será uma caixa com todos os discos de estúdio, material gráfico caprichado e talvez faixas bônus - ainda não está confirmado. Mais aqui e acolá.

17.4.09

=o suíngue do branquelo=

Passei batido pelo Kings of Convenience no Tim Festival de 2005. Não conhecia, não procurei conhecer, rolou o show e um abraço. Ano passado Chico gravou um CD-R deles para mim. Ouvi, gostei muito e virou trilha para viagens. Era entrar no carro e colocar para tocar. Sonzinho tranquilinho, aquela calmaria, passa a marcha, relaxa, joga a seta e acelera.

Minha faixa preferida é a mais dançante do CD-R, "I'd rather dance with you". Dá uma olhada na pinta e no suíngue do Erlend Oye, vocalista da banda.



Todo esse molejo do ruivo também está no palco do Whitest Boy Alive, projeto com base em Berlim que tinha a intenção de fazer dance eletrônico mas acabou sem nenhuma programação. É dançante mas orgânico. Bateria, baixo, piano Rhodes, guitarra e a ótima voz do norueguês com cara de nerd. O que eu mais gostei no Kings of Convenience eu encontro numa outra banda.

Agora há pouco, na Rough Trade East, eles fizeram um show de meia-hora. Som gostoso, leve, desce macio e contagia. Registrei "Intentions", segunda faixa do segundo CD, Rules. Baixe este e Dreams, o primeiro.

=amanhã, record store day=




18 de abril, lojas de música independentes ao redor do mundo se juntam a artistas para celebrar o papel desses oásis no cada vez mais deserto mercado tradicional da música. É o Record Store Day, com edições especiais em vinil, fita cassete, CD e seja lá o que for de gente como Radiohead, The Breeders, Graham Coxon e uma lista gigantesca daqueles que prezam por um espaço com gente capacitada, por um ponto de encontro e confraternização dos amantes de música, por prateleiras que carregam canções, seja lá em que mídia. O número de lojas como essas só diminui com o passar dos anos, e a tendência aponta para a extinção. Com isso em mente, todas elas apostam na valorização de seus espaços para produzir shows especiais, criar clubes de audição musical, promover palestras e - sim - continuar vendendo discos. Aficcionados existem.

Se o credit crunch deixar, continuarão sendo centros culturais para os amantes da música.

Ficarei entre a Rough Trade East e a Pure Groove.

15.4.09

=praias brazucas para inglês ver=



Sua praia predileta está no top 10 de praias brasileiras do Guardian?

A frase de abertura da matéria:

"The Brazilian equivalent of the British expression 'Just my cup of tea' is 'é minha praia' ('That's my beach'), which tells you all you need to know about the two countries' relative cultural values."

=violência policial durante o G-20=

Lembram que eu falei que a polícia encurralou, com cassetetes e grosseria, os manifestantes do G-20 na praça em frente ao Banco da Inglaterra? Os vídeos vão surgindo e os policiais sendo suspensos. Nesse aí abaixo, Ian Tomlinson, que não participava do protesto, é empurrado por trás. Morreu pouco depois.



Tapa na cara de mulher, homem levantado pela gola, cacetada nos joelhos... e assim fizeram o cerco na praça.




Me parece claro, pelo que vi e pelo que as imagens mostram, que não foram dois policiais mais exaltados, mas sim toda a polícia orientada para agir desta forma. Suspender um ou dois é abafar o caso.

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(atualização)

Já estão investigando e revendo a tática da polícia.

14.4.09

=almoço de terça=



- arroz
- carne moída com tomate, pimentão amarelo, cebola e queijo (Wensleydale)
- doritos
- suco de laranja

Um mexicano paraguaio na Inglaterra, voilá.

13.4.09

=data crônica no Globo=

"cem/sem", do "data crônica", foi Música da Semana na coluna de João Paulo Cuenca (Megazine, O Globo, 7.4.09). Minha irmã mandou a imagem, olha aí.



Ouça "cem/sem" aqui. Leia a coluna inteira acolá.

11.4.09

=sexta-feira da paixão=

Chego em Vauxhall de metrô e queimo a cuca para achar a Kennington Lane. Está escuro e frio. A olhada que dei no Google Street View facilita a identificação de algumas construções e uma caminhada curta me leva à igreja de St. Peter. A porta está entreaberta. Entro e a recepção é generosa: apesar da lotação e dos minutos de atraso (já havia começado), logo me arrumam uma cadeira e o libreto com o programa da noite. The Passion of our Lord Jesus Christ according to Saint John (1724), Johann Sebastian Bach.



No século 18, tornou-se tradição na Alemanha a representação da Paixão de Cristo dentro da igreja na Sexta-feira Santa - orquestra, coro e solistas, além do sermão. Como mostra o título de Bach, a narrativa é baseada no evangelho de João, mas algumas poucas passagens tem Mateus como fonte: Jesus prevendo a negação de Pedro, o rasgar das cortinas do templo e o terremoto após a morte de Jesus.



É tudo cantado em alemão, e o libreto traz as letras originais e a tradução para o inglês. Os fonemas robustos reverberam no pé-direito gigantesco da igreja e as melodias elevam ainda mais o drama dos últimos momentos de Cristo. Alguém puxa a cadeira vazia ao meu lado e senta com estardalhaço. Vem a catinga de bebum e prevejo a negação do silêncio. É batata:

- Ó, Maria! - grita o homem de seus lá 45 anos.

Murmurinho na assembléia. Um senhor pede que o desordeiro se aquiete. A reação é inacreditável: o cara se joga no corredor central e fica estatelado no chão. Jesus bebe o vinho azedo e a melodia cresce: "Está consumado!" O que fazer para que o corpo do bêbado não permaneça naquele lugar especialmente sagrado? Quebrar suas pernas? Dois sensatos, cada um de um lado, preferem levantar o corpo e levá-lo embora.

Nenhum dos seus ossos será quebrado.

9.4.09

=brasileiro no estrangeiro=

No voo, quando vim, fiquei assistindo às animações do Nick Park. Eram da série "Creature Comforts", depoimentos hilários de animais sobre suas condições de vida num zoológico. O filme original é de 1989 e rendeu o primeiro dos quatro Oscars que o autor ganhou. "A fuga das galinhas" deve ser seu trabalho mais famoso no Brasil, não?

Enfim, é muito bom. Esse aqui é especial: um brasileiro no estrangeiro. Num documentário de 2006 (episódio de The South Bank Show), Park conta que o bichano foi baseado num estudante brazuca que ele conheceu e morava num pequeno flat em Bristol. Sente o sotaque.

8.4.09

=estações=



Passei 30 anos acompanhando mudança de estação por data. Que dia começa o verão? 21 de dezembro. Estamos no outono? Acabou em 21 de junho. E foi assim durante o tempo em que morei no Brasil. Nunca tive a sensibilidade de reconhecer um céu de outono ou uma cidade mais florida, como a maioria tem e curte (eu invejava isso, verbo no passado). O problema poderia ser meu se eu não estivesse agora embasbacado pela chegada da primavera aqui em Londres. Eu ainda não faço idéia das datas de início e de fim do inverno, da primavera ou seja lá qual for. Mas aconteceu o seguinte:

Em janeiro cheguei numa cidade fria, escura, de galhos pelados e sem cor. No caminho diário pelas ruas, árvores secas e céu denso. Os dois dias de nevasca trouxeram alívio momentâneo: apesar de frio, o clima era de aloprados com ski na rua, boneco e guerra de neve, turma do tombo solidário. A cidade coberta de branco fica sensacional. Mas derreteu, babou. Sombrio de novo.



A segunda quinzena de março trouxe céu azul e meu caminho árido foi curiosamente tomado por pequenos pontos, milhares deles. Eu, sensibilidade zero, percebi. Aos poucos o que era só grama ganhou pequenas flores, os galhos pelados cobriram suas vergonhas com brotos. Fez-se a cor. As cores. As flores. ("Opa, sai poesia! Sai!", "Mas por que, diabrete?", "Cala-te, roscofe de auréola!"... Sigamos.)



Estamos no horário de verão. O que muitos tacham de cidade cinza e chuvosa hoje está colorida e ensolarada (ok, ok, confesso estar curtindo um sol de 16°C). A primavera se espreguiçando em Londres é um espetáculo. Bonito pacas. Aos 30 anos presenciei pela primeira vez uma verdadeira mudança de estação. Mesmo o macho mais machista e orgulhoso de sua macheza sairia afetado (opa!) dessa. Flores!

Todas as fotos foram tiradas pelo casal aqui.


7.4.09

=almoço de terça=

Hoje divido os créditos com minha pequena:



- fusilli
- salada (alface, repolho roxo e cenoura)
- presunto
- queijo (coloured Cheshire)
- molho (sal, pimenta do reino, azeite, vinagre balsâmico, manjericão, alho - tudo batido)
- suco de caixinha sabor "exotic" (maçã, tangerina, banana, damasco, goiaba, mamão, maracujá, manga, limão, laranja e abacaxi)

6.4.09

=run dmc, inimigos do rei e xuxa=

No sábado, o Run DMC entrou para o Rock and Roll Hall of Fame. Lembrei das festas na Jaceguai e na Tamandaré: não tinha erro, Run DMC era pista cheia. Clássico.

Dessa aqui a Xuxa tirou o início de "Hey, Mickey!":





E essa os Inimigos do Rei transformaram em "Adelaide" e...



...foram na Xuxa:

=novo do Belle & Sebastian?=

Anunciado como disco solo de Stuart Murdoch, vocalista do Belle & Sebastian, God Help the Girl apresenta vocalistas que ele pinçou depois de publicar um "procura-se cantoras" no imeem.com, rede social com foco em música, fotografia e vídeos. São composições dele, tocam os músicos da banda, e melodias e arranjos parecem ir pelo caminho já traçado com o grupo - é o que dá para sentir no vídeo abaixo. Se és fã do Belle & Sebastian, vai nessa:

1.4.09

Kate Nash e a manifestação em Londres

Ouça mais uma vez (ou conheça) a Kate Nash, 21 anos:



Pois bem, o pau quebrou hoje no centrão de Londres e ela estava lá. Depois de uma canja na loja Pure Groove (também tocaram Natty, Billy Bragg e Get Cape. Wear Cape. Fly), a moça tomou o rumo do Banco da Inglaterra e foi uma das milhares de pessoas que ficaram cercadas pela polícia durante mais de 3 horas na praça em frente ao banco. Com cassetetes e grosseria, os policiais fizeram cordões de isolamento em cada rua que desemboca ali: ninguém mais entrava, ninguém mais saía. Fiquei numa fome braba até 16h, só com o leite do café-da-manhã. A agonia de ficar preso naquele espaço esquentou ainda mais a chapa que já soltava fumaça desde o Put People First, no fim de semana. Tem um resumo aqui:



A seção paparazzi do =data crônica= registrou a Kate Nash ao lado do Natty:



E também desenhando corações no muro do Banco da Inglaterra. Mas não se engane com a doçura, o "Fuck the BNP!" (British National Party, partido de ultradireita daqui) também é dela.



Para quem acha que tudo girou em torno de vidraças quebradas e violência, três fotos e um vídeo feitos pelo =data crônica=: