29.6.09

=sondre lerche=

Ouça aí como esse norueguês é bom nessa porra:



Em setembro, o disco novo. Ouça o primeiro single, "Heartbeat Radio", clicando aí na foto. Boa!

=violência policial no G-20=

Vocês se lembram das manifestações no G-20, quando relatei aqui a violência policial? Para saber o resultado do banzé, clique aí na foto.

27.6.09

=homenagem a Michael Jackson, Londres=

Estive ontem na Liverpool St Station para cantar uns clássicos do cara com uma multidão.



E o que havia ali no meio da galera? Para onde todos olhavam? Por acaso fiquei do lado das caixas de som, onde a rapaziada mandava o moonwalk e tentava imitar o Jacko.

26.6.09

=michael jackson (1958-2009)=



Logo que cheguei a Londres, começaram os rumores de que Michael Jackson faria shows na O2 Arena. Confirmados, me posicionei na frente do computador por volta de 6h da manhã de um dia de semana para comprar ingressos. Consegui. Desde então venho reouvindo os clássicos, imaginando o Wacko Jacko fazendo o moonwalk, cantando aqueles agudos, mexendo a pélvis.

Quando eu era moleque, meu pai me explicava quem eram os Beatles, me mostrava as músicas, contava do tesão de ter comprado o Sgt. Peppers quando saiu... e Beatles, Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison eram para mim história. Coisa boa de descobrir, mas coisa da época dos meus pais. Passado.

A morte de Michael Jackson marca minha linha do tempo. Me vejo tentando explicar a meu filho quem foi esse músico talentoso, esse maluco.

Lembro da molecada imitando os passos no recreio (Neilson era o melhor, sem dúvida), do choque de ver o clipe de "Thriller" no Fantástico pela primeira vez. Assim como meu pai lembra de ter deixado o cabelo crescer, de ter visto "A Hard Day's Night" com um amigo que dizia que usar calça apertada era coisa de viado.

Michael Jackson será para meu filho o que os Beatles foram pra mim. Falo de tempo. Linha do tempo. Mega-artistas de uma geração. Falo da mágica que eu estava prestes a presenciar na O2 Arena, por mais duvidosa que fosse a condição física do Rei do Pop.

Seria uma volta épica (Seria?). Queria ver ao vivo pelo menos o moonwalk. Aquele que foi mostrado pela primeira vez em 25 de março de 1983, na apresentação abaixo. Aquele que o Neilson fazia no pátio do colégio.

23.6.09

=almoço de terça=

Quando a batata tá assim, tem grilo comer?



De uma forma ou de outra, já foi...



- purê de batata com cebolinha
- arroz
- frango
- vagem na manteiga com queijo

Ficou gostoso.

22.6.09

=um pequeno probleminha=

Quando nos mudamos para cá, decidimos não comprar uma televisão. Baixaríamos filmes e séries, o que fosse ao vivo a justin.tv quebraria o galho e ponto, nada de gastar libras e tempo com isso. Hoje temos uma TV.

Disse a portuguesa que morava aqui:

- Comprei uma nova, vou deixar essa para vocês.
- Quê isso, tem ceteza? Obrigado...
- Pois, só tem um pequeno probleminha, vejam e decidam se querem.

Muitíssimo gratos, aceitamos sem nem ligar o aparelho. Até arrumarmos toda a mudança, a TV ficou encostada num canto.

Para assistir televisão aqui no Reino Unido você precisa ter licença, pagar unzinho pro governo (cerca de 127 libras por ano, para TV colorida). Motivo: como a BBC não tem comerciais, os telespectadores é que financiam. A emissão do sinal é controlada, então se o sistema indicar o uso sem pagamento, chega uma cartinha avisando que eles não são bobos. Se continuar, nêgo vai bater na sua porta. Se você for uma pessoa ainda assim insistente, multa de 1000 libras.

Com dinheiro a menos no bolso, finalmente ligamos. Um segundo de suspense. Qual seria o pequeno probleminha? Controle com mal contato? Demorava a ligar? Desligava fazendo um grande estalo?



Desde então assistimos TV assim, numa boa, e muito agradecidos. Só relevando "um pequeno probleminha". Com sotaque, virou bordão aqui em casa.

20.6.09

trecos, truques, traquitanas (7)

O negócio aqui no intestino e na bexiga é anárquico, eu não governo. Em dia de turismo, de passeio pela cidade, com biscoito e garrafinha d'água na mochila, saio certo de que vai acontecer: de repente estarei procurando um Starbucks ou um McDonald's (fica a dica, bons banheiros) para alívio geral. Então esse pedaço aqui da Fleet Street é um oásis, um do lado do outro:



E tem mais. Logo antes de momentos importantes (foi assim no vestibular, já na sala para fazer a prova; também antes dos shows do Lasciva Lula), dá um revertério e o intestino grita: libera, maluco. Daí que já tive que parar em muito banheiro-trainspotting de beira de estrada.



Dizem que o Rivelino vomitava antes de partidas decisivas. Enfim, e qual é o truque da semana? Com toda essa experiência que adquiri na vida, aprendi uma técnica sensacional para esses casos de banheiros-trainspotting. Foi Carla Perez que ensinou: bota a mão no joelho e dá uma abaixadinha.



É claro que não é um momento tão gracioso como esse, e eu não tenho tamanha generosidade, mas a voz que vem na minha cabeça também é a do mestre Cumpádi Washington: "Desce, ordinário!"

16.6.09

=almoço de terça=

Esse é o =almoço de terça= especial de aniversário. Taí o cartão que ganhei da minha pequena (nada mais inglês).



- tagliatelle com molho de gorgonzola
- tomate
- ervas da Provence

E depois teve bolo e "Happy Birthday".

=hoje, aqui e agora=

Londres, 16 de junho de 2009. Essa é a música que eu gostaria de ter acabado de compor.



Blue Jeans
(Damon Albarn, Graham Coxon, Alex James and Dave Rowntree)

Air cushioned soles
I bought them on the Portobello Road
On a Saturday
I stop and stare a while
A common pastime when conversation goes astray

And don't think I'm walking out of this
Coz she don't mind
Whatever I say
Whatever I say
I don't really want to change a thing
I wanna stay this way forever

Blue, blue jeans
I wear them every day
There's no particular reason to change
My thoughts are getting banal
I can't help it but I won't pull out hair another day

You know it's to be with you

14.6.09

=a melhor comédia de todos os tempos=

O Canal 4 fez um programa com as 50 melhores comédias de todos os tempos. Teve de Woody Allen a "Quem vai ficar com Mary?" e "Corra que a polícia vem aí". "Apertem os cintos, o piloto sumiu" pegou o vice. O primeiro lugar era barbada. Você tinha dúvida?



12.6.09

=trecos, truques, traquitanas (6)=

Para subir uma escada, pise com o meio da sola do pé na quina dos degraus. Seus calçados vão durar menos, mas vale a massagem. E ainda deve ativar alguma coisa, melhorar circulação, evitar varizes, por aí. Na sola do pé estão os pontos-chaves para aliviar todas as dores do seu corpo. Parei.

9.6.09

=almoço de terça=

Esse foi parceria com minha pequena. Idéia dela, inclusive.



- salada de rúcula com limão
- pimentões coloridos recheados com carne moída e arroz

8.6.09

=entardecer=

No momento em que o sol estiver baixando aí no Brasil, aqui também o fará. Maio se foi, junho chegou e a temperatura aqui bate 25°C com sol queimando os cornos ingleses até 22:00h mais ou menos (18:00h daí). Sim, fica claro até essa hora e a tendência é que no verão escureça só lá pras 23h. Ainda não me acostumei com os apresentadores de telejornal noturno ou as pessoas no mercado dizendo "boa noite" com tanta claridade nas janelas. No Brasil associamos a noite ao escuro; em Londres, nesse período, noite é coisa do relógio. Parece que o dia não tem fim, a cidade fica mais ativa, climão de férias, cheiro de churrasco e grito da molecada nas ruas. Algo distante da cidade em que cheguei, com neve, escuridão às 16h, silêncio e introspecção. Se naquela época eu só achava as pessoas dentro dos pubs, meio sorumbáticas, hoje é só caminhar nas calçadas que estão todas lá, sentadas do lado de fora dos pubs, pints sobre a mesa, sorrisos e pele rosada. Um sul-africano que conheci diz que os britânicos são muito introspectivos fora do verão, capazes de frequentar o mesmo pub por meses antes de falar "oi" com o companheiro de birita no balcão. No pub perto de casa, desde sempre recebi cumprimentos. Quando estou indo embora e dou boa noite, o alcóolatra da primeira mesa à esquerda da entrada fala enrolado: "See you, buddy!" Estou certo de que não é por conta do sol.



Londres, junho, 22h.

7.6.09

=bitte orca, dirty projectors=

Para entortar a cabeça de neguinho que acha que já ouviu de tudo em música pop. Clica na capinha para ouvir em streaming até o dia 9 de junho. Depois é comprar ou caçar para download.

5.6.09

=trecos, truques, traquitanas (5)=

Para tornar menos tediosa a escovação dos dentes (só não é mais chato do que fazer a barba), divido a boca em seis partes e por análise combinatória vou variando a sequencia das ações. As partes são essas (em edição de imagem sublime do =data crônica=):

(E sempre finalizo com a escovação da língua.)

Se fizermos as contas, teremos 6x5x4x3x2x1 sequencias, o que dá 720 jeitos diferentes de se escovar os dentes. Não pense que eu faço um por um, metodicamente, ou que tenho um caderno para anotar o que devo fazer a cada manhã na frente da pia. É na emoção mesmo. Ultimamente ando favorecendo um início com ponta dos dentes da arcada superior, seguido das pontas da arcada inferior. Fico estimulado só de pensar com que parte começarei a próxima escovação.

4.6.09

=nice people take drugs=



Esta é a campanha que a Release está lançando por aqui. A instituição dá assistência especializada gratuita a usuários e luta por uma nova abordagem nas campanhas educacionais relacionadas ao uso de drogas: encará-las como parte da condição humana, focar a discussão em como diminuir o lado negativo do uso (em vez de simplesmente demonizá-las).

Tem gente já questionando o slogan, que parece dizer que tomar drogas é cool, quando na verdade a intenção parece ser "Pessoas legais TAMBÉM usam drogas", isto é, o problema não é usar, mas COMO usar. Ou como usar sem que isso traga consequências negativas.

É polêmica boa. Dê uma olhada no texto da Release sobre a campanha, publicado no Guardian.

3.6.09

=chuva no rio=

Vasculhando os arquivos aqui, achei um registro de uma música que fiz alguns anos atrás, sobre poema do Guto Graça, publicitário, que aliás não vejo há mais de 5 anos. Desafino várias vezes, mas taí:



Chuva no Rio
(Felipe Schuery/Guto Graça)

a chuva deixa o meu Rio
num cenário que mais parece
a contracapa dos discos ainda em vinil das bandas inglesas dos anos oitenta
deixa na minha boca um gosto de saudade
dos dias que ficava em casa
sem ir pro colégio
vendo sessão da tarde

amo a chuva
amo São Sebastião do Rio de Janeiro
e amo você
e amo você

Não tenho o poema original, então o título e as divisões dos versos fiz de memória (falha, falha...)

=arrows of eros, golden silvers=

Eu pensei em parar de falar um pouco do Golden Silvers, mas saiu o clipe novo e é mais uma bola dentro.

2.6.09

=almoço de terça=



- salmão com molho de laranja
- tomate assado
- salada de alface

=spotify e dakota=



Num dos grandes momentos que passamos com Jarbas e Sandra aqui (mais uma vez obrigado pela visita!), criamos uma playlist no Spotify e curtimos - independentemente do estilo - um bocado de música bonita. Foram 61 músicas. A lista foi sendo feita à medida que todos palpitavam. No auge do desafio ao acervo do Spotify, Sandra pediu "Dia 5" (José Jorge/Ruy Maurity), música da época dos grandes festivais da canção, que ela não encontrava em lugar nenhum. Sim, o Spotify tinha e logo o Taiguara soltava a voz na nossa saleta londrina.

A boa do programa é que basta digitar o nome da música ou do artista num campo de busca e pimba, daí é só colocar play. Não é preciso baixar o mp3. E o acervo é ótimo (apesar de os acordos - ou a falta de - com as gravadoras deixarem lacunas como Beatles e Pink Floyd, por exemplo). Parece que ainda não é possível usar o programa no Brasil, me digam daí.

Aqui, naquela noite memorável, entre Billie Holiday, Frank Sinatra, Cole Porter, Beach Boys, Edith Piaf, vinhos e cervejas, rolaram "Bitter Sweet Symphony", do Verve, e "Dakota", dos galeses do Stereophonics. Não gosto da banda, mas essa aqui é minha febre atual:



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(atualização)

Para quem quiser entender melhor o que é o Spotify.