27.9.11

=lasciva lula para download=

Para baixar Lasciva Lula. 
Lasciva Lula V (2008)


Assim que decidiram pelo fim da banda, em novembro de 2007, os quatro integrantes do Lasciva Lula firmaram um pacto: gravar e disponibilizar na internet as músicas inéditas que tinham naquele momento. Quase um ano depois, "Vontade de beijar Caetano", "Entre gêmeos e leão", "O mistério da moça" e "Carta ao Cals" - além de "Família feliz", sobra de estúdio do disco "Sublime mundo crânio" - foram lançadas sob o nome "V". "Ode ao Mortadelo e Salaminho", versão da música do Zumbi do Mato, entra como extra.


Sublime Mundo Crânio (2007)


"Produzido pela própria banda e mixado por Iuri Freiberger (Walverdes, MQN e Violins, entre outros) 'Sublime Mundo Crânio' é mais um exemplo de inteligência no rock nacional fora do mainstream. Um disco para se ouvir, ouvir e ouvir." - Marcelo Costa (Scream & Yell)

Óleo de Saliva (2003)


Download

O EP intercala berros e melodias suaves. Referências à Lewis Carrol, Woody Allen e Häagen Dazs. – “Lasciva Lula é rara especiaria, uma banda diferenciada pela invenção e potência.” – Chacal, poeta e produtor cultural


1a Edição (2002)



Com seis músicas encadeadas tematicamente, descrevendo as fases de um relacionamento, “1a Edição” teve a primeira tiragem esgotada.– "Um dos melhores EPs do ‘novo’ pop brasileiro, '1a Edição' sai com seis faixas inspiradas, inundadas de revisionismo, sem nenhum sampler, nem blings nem blongs: é som divertido e com veia psicodélica assumida." — Roberto Pedretti (Revista Backstage)


Lasciva Lula (primeira demo - 2000)



Criada em novembro de 1998, em Cabo Frio-RJ, a Lasciva Lula lançou seu primeiro trabalho em abril de 2000. “Lasciva Lula”, EP com 4 músicas, contou com a produção do DJ e ex-baterista da Pelvs Dodô. – "Apesar da pegada pop (todas as músicas têm potencial radiofônico), há guitarras à Sonic Youth." — Fabiana Batistella (Bizz)


9.8.11

=língua do p=

Aprendi a língua do P com meu pai. Não era dialeto secreto para assuntos cabeludos. Pura diversão.
Para primos e amigos, meu pai era o "Tio" que falava a língua do P. Tipiopô Paupaulimplimnhopô.
Anos depois, eu curtia solitariamente, sob protesto e zombaria de meus irmãos, o Lupu Limplim Claplá Topô, infantil de Lucinha Lins e Claudio Tovar que passava na TV Manchete. Sonhava em participar da Cama de Gato, quadro em que a criança deveria passar por um corredor cruzado por elásticos com sininhos pendurados. Se esbarrasse num elástico, um abraço. Soou, perdeu.
Na minha cabeça, entender o título do programa era senha de seita secreta, diferencial entre a humanidade.



Só esta semana descobri "Língua do P", música e letra de Gilberto Gil gravadas por Gal no "Legal"(1970).



Gaparanpantopo quepe vopocêpê
Garanto que você
Nãpão vapai não vai
Nãpão vapai não vai
Compomprepeenpendeper
Bulhufas
Bulhufas
Dopo quepe tempentapamopos lhepe dipizeper
Não tem problema
Não tem problema

Espetapamopos pelaí
Não tem problema
Não tem problema
Espetapamopos espepeperanpandopo coisas pela aí

Smetak tak tak tak (tak tak tak tak tak)
Mariá bababa baba baba
Catuaba
Cachoeira
Vão me procurar na Lapa
Na gruta da Mangabeira
Quarta-feira de manhã
Quarta-feira de manhã

Pode ser simples curtição.
Pode ser que a língua do P fosse dialeto dos esotéricos que passavam a tarde a filosofar e captar as energias da gruta da Mangabeira.
Ou então uma provocação à censura: "Garanto que você não vai compreender bulhufas do que tentamos lhe dizer. Não tem problema. Estamos pela aí." E conclui com o anúncio da reunião dos revolucionários: Smetak (experimentando microtons na acústica da caverna?), Mariá, Catuaba e Cachoeira, sob a liderança ("vão me procurar") de Gilberto Gil (ou Gal - dependendo do ponto de vista). Será que pintou sujeira na Gruta da Mangabeira depois de "Língua do P"?
Pode ser.
Hoje, ótica particular, "Língua do P" simboliza a satisfação de perceber que os que se foram continuam vivos em seus ensinamentos. Mesmo nesses pequenos e prazerosos momentos de descoberta. Ou... principalmente nesses de pura diversão.
Vapaleupeu, Tipiopô Paupaulimplimnhopô!

4.8.11

=o curupira=


(em francês)

Lá no meio da floresta, entre as mais frondosas árvores, bem no centro, justo lá, longe longe muito longe de toda e qualquer cidade, mora o mais fiel vigia da sublime Mãe Natureza, o Curupira. O que vou lhes contar, confesso que nunca vi, mas conto o que conto direitinho como aconteceu. É o conto direitinho como aconteceu porque foi o que eu pequenininho ouvia do meu pai, que ouvia da minha avó, que aprendeu com meu bisavô, bem do jeitinho que lhe contou meu tataravô.

Meus amigos, ouçam bem: com espingarda e munição, muito homem covarde se acha valente como onça-pintada e mergulha na mata, haja luz ou escuridão. De posse de arma de fogo, acredita-se rei da selva, crê-se mais feroz que jacaré-açu, mais veloz que suçuarana, mais cruel que sucuri. O olho dele mira bicho de todos os portes, grande, médio, mesmo pequeno. A boca saliva à vista de cada pegada de rês. Os cheiros e sons são trombetas que anunciam o macio da carne da caça. O dedo que aperta o gatilho manda bala em pai, mãe e cria pelo gosto mais tolo de matar. E caçador que mata só por diversão, ahhh esse sofre na mão do Curupira.

O Curupira é o guardião das matas, o protetor dos animais, o defensor dos povos da floresta.

Tem pele morena e olhos de fogo, cabeleira cor de brasa e altura de um curuminzinho. E, acreditem, os dois pés são virados para trás. Ele anda pra frente, mas com os pés para trás! Sim, o povo jura, é verdade dada como vista e vivida: seus calcanhares apontam diretinho para frente. E é assim que ele deixa pegadas que confundem os caçadores perversos. Quem segue nos passos dele, tem o Curupira sempre ao encalço para azucrinar o juízo com o assovio mais estridente já ouvido desde que nossa Terra é Terra. Um assovio alto e fino. Mais alto e mais fino que silvo de apito de prata. Caçador que encontra o Curupira, das duas uma: ou foge da mata em disparada ou fica perdido para sempre lá no meio da floresta, entre as mais frondosas árvores, bem no centro, justo lá, longe longe muito longe de toda e qualquer cidade.

Querem provas? Ouçam só: era já boca da noite quando Seu Tião, caçador lá da Amazônia, se embrenhou na mata para arrumar paca ou tatu para a janta. Cotia, Dona Dina não gostava. “Paca, tatu, cotia não”, dizia de si pra si e repetia seu Tião o caminho todo.

Seu Tião tomou rumo do caminho do Noçoquém, de espingarda e lampião na mão, para matar caça que por ventura aparecesse sob a fruteira, que é lá que bicho faminto procura alimento, come os frutos, mata a fome. Assim que chegou, vasculhou ao redor, reconheceu o terreno e certificou-se de que a trilha de volta era a mesma da vinda, por entre dois troncos de bases mais largas que a cinta de Dona Dina. Sentou-se numa pedra, cortou e amassou tabaco, preparou o cigarrinho e acendeu. Dava umas baforadas loooooooooongas, sentado, sereno, só pensando na caça ainda por vir. De modo que percebia, nem tão longe nem tão perto, na maior tranquilidade, tudo o que acontecia sob as copas carregadas de frutas.

Acostumado que estava, saboreava a espera. Ouvia a noite própria da mata: os trilos, pios e pipios do murutucu, o zum zum zum zum dos insetos, os cricris cricris do grilo, os - crec! - estalos dos – crec! - galhos... Estalos de galho?!? CREC?!? Olha lá uma cotia! Cotia, Dona Dina não gostava. Aparecer paca ou tatu era só questão de tempo.

Foi então, no cotoquinho do cigarro, que Seu Tião ouviu ruído de pisada em folha seca. Tacou a guimba acesa na capoeira, catou o lampião e juntou ao cano da arma para iluminar o alvo e ajustar a mira. Tchom! Tiro único e certeiro estalou bem nos cornos de um tatu. Tchom! Tchom! Chumbo grosso duas vezes para abater uma paca enorme. Tchom! Tchom! Puf!

Dos três tiros disparados para derrubar um veado, o terceiro, deus me livre, reluziu em vagalume. Bala que vira vagalume, vocês sabem, é magia. E magia no meio do mato é obra do Curupira.

As estrelas lá do céu da Amazônia são testemunha do clarão que se abriu no caminho do Noçoquém naquela noite. Clarão de dia aberto, clarão de meio-dia do mais pleno. Seu Tião avistou a cabeleira vermelha e tremeu. Sentiu-lhe descer goela abaixo o calor seco dos olhos de fogo e desbotou. Viu os pés às avessas e bateu os dentes que restavam, sete em cima, seis em baixo. Era quem, meus amigos? Era o Curupira.


O pequeno deus das florestas estava lá, montado num porco do mato, para punir o Seu Tião. A paca, o tatu e o veado, Curupira mostrou, eram muito mais que o bastante para Dona Dina preparar a janta. A capoeira, Curupira apontou, consumia-se em chamas com o fogo da guimba do cigarro que Seu Tião havia tacado. E caçador perverso, que mata só por diversão e que não respeita a floresta, ahhhh esse sofre na mão do Curupira.

Seu Tião, encharcado pelo suor frio do pavor, correu à procura da trilha de volta para casa. Esquadrinhou tudo tudinho e não encontrou nenhum dos dois troncos de bases mais largas que a cinta de Dona Dina. Coisa do Curupira. Seu Tião decidiu então fuzilar aquela aberração medonha, com tiro de espingarda e muita raiva para vencer o medo. Puf! Puf! Puf! A arma de fogo era agora fábrica de luz. Dali só saíam vagalumes. Em último ato de desespero, Seu Tião se largou de joelhos no chão e juntou as mãos a pedir perdão. Chorava e pedia desculpas, jurava para sempre se endireitar.

O pequeno deus guardião das matas, protetor dos animais e mais fiel vigia da Mãe Natureza fez um movimento chamativo com o braço direito. Orquestrados, todos os vagalumes envolveram a paca, o tatu, o veado e Seu Tião. Pelo poder da magia, Curupira fez surgir, no lugar do que antes havia ali, quatro pássaros imensos no meio dos vagalumes, pássaros gordos, com penas brilhantes de todas as cores. Com mais um movimento solene e mágico do braço direito do Curupira, a espingarda de Seu Tião foi amolecendo, amarelando, encourando, engordando, amaciando, crescendo, enrolando, crescendo mais, enrolando mais e mais e mais... Até que, quando se deu conta, já era uma jiboia. Feliz de não ser mais arma de fogo, a cobra agradeceu o Curupira com uma piscadela e rastejou mata adentro.

Naquela noite, Dona Dina esperou em vão. Preparou a janta com o que encontrou na dispensa e comeu sozinha na varanda de casa, incomodada com o canto triste e rouco, como quem ronca um lamento aflito, de um urutau que sobrevoava em círculos o terreno. Dona Dina, que não suportava bicho fora da panela, passou a madrugada arremessando pedras para calar o urutau.

Lá no meio da floresta, entre as mais frondosas árvores, bem no centro, justo lá, longe longe muito longe de toda e qualquer cidade, o mais fiel vigia da sublime Mãe Natureza, o Curupira, preparou-se para mais uma missão sob a luz da lua mais cheia que se viu na floresta amazônica, desde que nossa Terra é Terra.

Por Felipe Schuery.

Texto para a oficina de lendas brasileiras da Foire Internationale de Clermont-Cournon, em Auvergne. Inspirado na versão do Juro que Vi (vídeo abaixo).

17.6.11

=letras data crônica=

data crônica - felipe schuery
(2009)

1. pico intranet
2. contranada
3. oba, info!
4. fundo da caixa
5. dentro da tela
6. tantos
7. conglomerado americano de entretenimento
8. número de série
9. sabor hortelã
10. hora de vomitar
11. anzol
12. mais um pouco mais
13. pílulas, drágeas, comprimidos
14. cem/sem


1. pico intranet
(felipe schuery)

player one/pow, pow, zigue-zague, bope, beco, bangue-bangue/midi funk em game vip/chuto a porta, atiro, vai, aumenta o som/zapeei, plim, plim, intervalo, tic tac nobre, money money boom/bling blong trim trom bip/esse toque é meu? é seu? é de quem?/por que desligar?/tomada é veia/por que desligar?/é pico intranet/me ligar...

2. contranada
(felipe schuery)

bolo no forno/tem folha de sonhos/aluguei 2001/comprei colchonetes/equipei o som/dentro do mundo/país, cidade/bairro, prédio, sala e tela/cabeça no espaço/que a moldura (não?) enquadrou/caixa-crânio sem xyz/fim do alfabeto/contranada em mim

3. oba, info!
(felipe schuery)

missionários da pancadaria vêm/apresentações do kung-fu zen/deu na tela grande virou cult/culto à informação, nosso banquete/info pop cult net banquete/info pop cult net banquete/matias convidou (oba, info!)/hoje tem jantar (oba, info!)/teoria mashup menu/making of kung fu/urbe convidou (oba, info!)/hoje tem jantar (oba, info!)/no menu, charo, jererê/dub, doc, bbc

4. fundo da caixa
(felipe schuery)

fulana disfarça viaja, descansa da fama/um pouco de paz/...espoca o flash!/acaba na banca ampliada na capa de apelo pop/paga no caixa, leva pra rua, pôster de bar/sala de espera, recreio da turma/fôrro do armário, escritório, empresário/confira no fundo da caixa a data indicada de validade/confira no fundo da caixa a data indicada de validade

5. dentro da tela
(felipe schuery)

epilepsia vendo pikachu/102 horas online/soube que morreu um sudanês gigante/tropeçou, caiu/dentro da tela/dentro da tela/topless na praia, digital filmou/vídeo pra punheta online/pobre da mocinha que bebeu demais/se despiu, caiu/dentro da tela/dentro da tela/1011 001 01 011 01/depois não diga que eu não avisei...

6. tantos
(felipe schuery)

disseram que é bom partir/eu li que é melhor ficar/o telejornal diz que basta voar/tarólogos estão em dúvida/tem site que desmente tudo/índios, com fumaça, mostram como é fácil/quem mais pode me socorrer?/quem vou escutar, visto que são tantos?

7. conglomerado americano de entretenimento
(felipe schuery)

grandes corporações são poucas/cada vez menos, cada vez maiores/a farmácia ali da esquina foi comprada/pela empresa de tecidos lá da china/e ela faz parte/de um conglomerado americano de entretenimento/o jornal esconde/que os remédios estão podres/o jornal esconde/os escravos tecelões/o jornal esconde/que as ordens vêm de longe/o jornal esconde, o jornal esconde (what about these news?)/supergigantemegamaxiultra/hiper turnês com produção de deus/o estádio centenário foi abaixo/pra que fosse construída a igreja pop/ e ela faz parte/de um conglomerado americano de entretenimento/o jornal esconde/que calaram gente a bala/o jornal esconde/a propina do pastor/o jornal esconde/que as ordens vêm de longe/o jornal esconde, o jornal esconde (what about these news?)

8. número de série
(felipe schuery)

se afogou em números/da boca escorria uma parte do rg/expeliu as senhas somente depois que o socorro chegou/subtraindo, dividindo e apagando/aplicando equações, descobrindo pis/pasep/cpf, agência, conta, inscrição/telefones de casa, do escritório/celular do chofer e da amante.../aí armou-se o banzé/e a mulher gritou no pé do ouvido do marido/o número de série do revólver que estava na gaveta

9. sabor hortelã
(felipe schuery)

prazer maior que ouvir o novo cd que saiu/é gozar com as preliminares/consumir informação de todo o processo anterior/a expectativa é fantasia sabor hortelã/o fato em si quando acaba é falta/busca-se um novo objeto, suporte pra mais o que falar/angustiado com o excesso/não consegue botar mais nada pra escutar

10. hora de vomitar
(felipe schuery)

hora de vomitar info da manhã/hora de vomitar info da manhã/hora de vomitar info, info/4 x 2, golaço, aumentaram a passagem/greve em praga, chuva forte, mega sena/04 09 21 34 51 54/hora de vomitar info da tarde/hora de vomitar info da tarde/hora de vomitar info, info/maquinário está quebrado/prazo já passou e nada/tem um erro de projeto/volta tudo, quem ligou, quem faltou, quem vacilou/hora de vomitar info da noite/hora de vomitar info da noite/hora de vomitar info, info/no telejornal, desgraça/primo vem passar uns dias/prestação vencida... sim, te amo/deita aqui, vem sonhar com a hora de vomitar info/hora de vomitar info, info

11. anzol
(felipe schuery)

ei, filho/não é religião/é lixo cultural, cinismo/quimera dura de engolir/receita pra atrair carente/é engodo em anzol/livro que cheira mal/ei, pai/se é pra me confortar/eu topo até tomar chorume/pago e levo a minha paz/remédio pra tirar carência/mordo engodo em anzol/fungo o que cheira mal

12. mais um pouco mais
(felipe schuery)

sempre um pouco mais um pouco mais um pouco/um pouco mais um pouco mais/sempre um pouco mais um pouco mais um pouco/um pouco mais um pouco mais/e ver que cada vez mais/falta um pouco mais um pouco mais/e ver que sempre haverá uma fonte nova pra beber...

13. pílulas, drágeas, comprimidos
(felipe schuery)

por favor, encurta o romance/quero séries, não quero filmes/bastam as manchetes dos jornais/contra o disco pela canção/pílulas, drágeas, comprimidos/vim dar um alô, não vou demorar/o nome do ano, quem é? passou/e agora, quem é? passou/e agora, quem passou?

14. cem/sem
(felipe schuery)

cem (sem) melhores lugares pra ir/cem (sem) mulheres bonitas pra dormir/cem (sem) igrejas pra rezar melhor/cem (sem) mirantes pra ver o sol se pôr/cem (sem) praias pra se bronzear/cem (sem) canções pra te conquistar/cem (sem) dicas pra nunca sofrer/sem espaço/sem tempo/pra viver/sempre que a gente tenta marcar de se encontrar/você fica de ir lá em casa/eu fico de te ligar/cem (sem) contos de mitos e lendas/cem (sem) discos de grupos com c/cem (sem) jogos de computador/cem (sem) vinhos de uva merlot/cem (sem) datas pra comemorar/cem (sem) frases pra te impressionar/cem (sem) nomes pra pôr no bebê/sem espaço/sem tempo/pra viver/sempre que a gente tenta marcar de se encontrar/você fica de ir lá em casa/eu fico de te ligar

21.3.11

="casal de velhos", lasciva lula=

Filmei numa tarde livre em Paris, dia seguinte do show do Pavement no Zenith. Um ano depois juntei tudo nessa edição fuleira aqui: